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Vans elétricas e o risco da eletrificação mal planejada: onde está o gargalo?

As vans elétricas surgiram como símbolo da mobilidade sustentável, eficiente e inovadora. No entanto, quando a eletrificação avança sem planejamento estruturado, os resultados podem decepcionar. O caso das vans encalhadas da Stellantis é um exemplo claro dos riscos de uma estratégia apressada e desalinhada com a realidade do mercado comercial.

1. Vans elétricas da Stellantis: uma promessa que ainda não decolou

A Stellantis, formada pela fusão entre PSA Group e Fiat Chrysler, é um dos maiores grupos automotivos do mundo. Com forte presença global, apostou na eletrificação como estratégia central para o futuro da mobilidade.

As vans elétricas lançadas com foco no transporte urbano e logístico chegaram ao mercado com grande expectativa. No entanto, as vendas ficaram muito abaixo do esperado, e os estoques se acumularam nas concessionárias.

2. Preço, autonomia e recarga: o que trava a decisão de compra?

O custo das vans elétricas ainda é significativamente maior que o dos modelos a combustão. Para empresas que operam com margens apertadas, esse investimento precisa ser justificado por benefícios reais e, isso nem sempre acontece.

Além disso, a autonomia limitada e o tempo de recarga dificultam o uso intensivo. Em operações com múltiplos turnos ou rotas longas, a imprevisibilidade energética se torna um entrave operacional.

3. Infraestrutura precária e medo da imobilização

Fora dos grandes centros urbanos, a ausência de pontos de recarga é um gargalo crítico. Em muitas regiões, simplesmente não há infraestrutura mínima para suportar operações elétricas em escala.

Consequentemente, o risco de imobilização no meio da jornada gera insegurança. Para setores como logística, que dependem de previsibilidade, esse cenário impacta diretamente a confiança no modelo elétrico.

4. O dilema regulatório: metas ambientais e realidade de mercado

O avanço das vans elétricas também esbarra em questões regulatórias. A União Europeia estabeleceu 2035 como o marco para o fim dos motores a combustão. Embora a medida seja ambientalmente importante, a falta de transição gradual e de incentivos reais preocupa.

Fabricantes, operadores e fornecedores enfrentam o desafio de adaptar suas operações sem a infraestrutura necessária, o que pode transformar a transição em um risco sistêmico.

5. Energia como sistema: mais que trocar o motor

Eletrificar um veículo vai muito além de substituir o motor. A energia precisa ser tratada como um sistema integrado: bateria, carregador, gestão térmica e manutenção devem operar em sincronia.

Sem essa visão sistêmica, a promessa de eficiência pode rapidamente se tornar um novo gargalo na operação.

6. Alta frequência como solução viável em pátios industriais

Em ambientes controlados, como pátios industriais, a eletrificação já é uma realidade. Com planejamento energético e carregadores de alta frequência, como os SPE da NEXV, a tecnologia elétrica se mostra viável e até mais rentável que os modelos a combustão.

Além disso, empresas com múltiplos turnos mantêm suas frotas ativas com recargas rápidas e seguras. É nesse tipo de operação que a eletrificação revela seu verdadeiro potencial e aponta caminhos para uma expansão mais sólida do modelo.

7. Microestruturas que funcionam: o exemplo dos setores exigentes

Setores como logística farmacêutica, armazenagem refrigerada e movimentação de materiais já operam com sucesso vans elétricas e outros equipamentos.  Nesses casos, o segredo está na escolha da bateria certa e na infraestrutura adequada.

Baterias VRLA e AGM, por exemplo, oferecem estabilidade, segurança e desempenho em ciclos profundos e provam que, com planejamento, a eletrificação é não só possível, mas escalável.

8. Escalabilidade e adaptação: expandindo além dos muros

O sucesso da eletrificação em ambientes fechados pode (e deve) ser expandido para contextos mais amplos. Quando práticas de infraestrutura, manutenção e compatibilidade são replicadas no transporte urbano e rodoviário, o modelo elétrico se torna viável e estratégico.

Além disso, uma transição bem planejada gera ganhos reais em sustentabilidade, controle de custos e redução de emissões. Assim, é possível alinhar eficiência operacional com responsabilidade ambiental.

9. Infraestrutura de recarga: o elo mais forte quando bem estruturado

O maior gargalo da eletrificação não está na tecnologia em si, mas na ausência de infraestrutura. Em operações com planejamento energético e equipamentos adequados, como baterias tracionárias e carregadores SPE da NEXV, a eficiência elétrica já é uma realidade consolidada.

Por isso, vale conhecer as soluções da NEXV em baterias e carregadores de alta frequência, que oferecem durabilidade, recargas otimizadas e alto desempenho no mercado B2B.

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